Empregabilidade: O que o Coaching tem a ver com isso?



Os verdadeiros vilões de carreiras e negócios que não decolam são pensamentos, crenças limitantes, uma leitura e interpretação não exata dos fatos que, por sua vez, levam a atitudes pouco funcionais!

Marina perdeu a promoção à Gerência para outra colega e, nesse momento de crise política e econômica, teme pela sua empregabilidade. Ao longo dos últimos 5 anos na empresa sempre fez boas entregas, mas à custa das relações com pessoas, constantemente presente no item “oportunidades de melhoria” em suas avaliações de desempenho. Por esse motivo, interessou-se em procurar o Coaching de Carreira.

E esse não é um caso isolado.

O engenheiro Cláudio, por outro lado, trabalhava em um segmento que não fez cortes e provavelmente não fará a curto e médio prazo. Mas também buscou um processo de Coaching de Carreira porque sua visão de si mesmo não coincidia com a de seu gestor. Ele chegou ao processo desmotivado e revoltado porque tinha certeza de que a posição de Gerente Operacional seria sua por merecimento, mas o Diretor, seu gestor direto, optou pelo seu colega.

Sabemos que cerca de 80% das pessoas percebe a si mesma diferente de como os outros o fazem. E essa diferença de percepção pode causar sérios estragos às carreiras de quem quer que seja. Tanto Marina como Cláudio tinham muitas informações sobre sua performance a partir das avaliações de desempenho, do feedback dos gestores e do ótimo trabalho da área de Gestão de Pessoas associado a treinamentos de excelentes consultorias. Então, o que faltou? Ocorre que, depois de vários feedbacks, houve um que efetivamente “fez a ficha cair”, causou um impacto muito diferente e gerou uma angústia e uma nova ação!

Marina, por exemplo, no decorrer do processo de Coaching, contou não pensar que o relacionamento era, realmente, tão importante uma vez que sua entrega superava as expectativas e, por isso, nunca se comprometeu seriamente em mudar. Por outro lado, Cláudio entendia, antes do Coaching, que seu gestor tinha uma visão equivocada dos fatos e tomou a decisão errada, o que o fez considerar sair da companhia.

Ocorre que nem sempre estamos prontos para receber, entender e mudar a partir de ótimos feedbacks ou ferramentas de assessment. Nossas crenças e sabotadores internos podem nos impedir de ver ou de levar a sério os inúmeros sinais do ambiente a nossa volta e de rever a rota a tempo. Os verdadeiros vilões de carreiras que não decolam são pensamentos, crenças limitantes, uma leitura e interpretação não exata dos fatos que, por sua vez, levam a atitudes pouco funcionais para o crescimento! E se mudar dá trabalho, não mudar pode, além de dar muito mais trabalho, custar muito caro!!!

Nos nossos personagens fictícios, porém inspirados em casos reais, o processo de Coaching gerou os insights necessários. Tanto Marina quanto Claudio têm muitos méritos e agregaram muito às empresas por onde passaram. Agora, contudo, estão mais prontos para ver, compreender e aceitar que somos também, de algum modo, aquilo que o outro vê em nós!

O que isso tem a ver com empregabilidade? Acho que todos sabemos a resposta.

Denise Bee: Counseling de Empresários e Executivos, Master Coach Executiva e de Negócios com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas e empresas. Founder da Critério Humano-Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Coautora do livro Empreendedor Total.

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