O ambiente… você sabe como ele mexe com você?
Anjo ou demônio? Como o ambiente onde você vive afeta sua vida e sua carreira e como você afeta o ambiente para os outros.
Estamos “num jogo de longo prazo” nas nossas vidas pessoais e carreiras e, para vencer, temos que “jogar/agir” bem. Nesse caminho, muitas vezes, precisamos mudar justamente nosso jeito para sermos bem-sucedidos. Essa mudança nem sempre é fácil ou rápida, já que nosso cérebro não ajuda muito nisso – ele busca gratificações imediatas enquanto os maiores benefícios das mudanças vão acontecer com esforço de longo prazo*.
Ao lado disso, as mudanças externas – do mundo – são implacáveis.
Ignorar ou acusar os ambientes… O que fazer?
Marshall Goldsmith* vai nos ajudar nesta jornada. A grande sacada desse coach e pensador de negócios, um dos mais respeitados do mundo, é que precisamos de estruturas, entendida como corrimãos, para conseguir, efetivamente, mudanças profundas e, sobretudo, duradouras em nós mesmos.
Outra grande contribuição desse autor na obra O Efeito Gatilho foi destrinchar o papel do ambiente nisso, a conexão existente entre o ambiente e o nosso comportamento.
O ambiente que criamos ou onde estamos inseridos faz um trabalho por si só.
“Um ambiente nos eleva, o outro apaga as boas vibrações”*.
Cada situação, encontro, reunião de trabalho é um novo ambiente. Por isso, sua natureza é “mutante e nos muda constantemente”. Nosso comportamento, nesse sentido, é chamado de “situacional”!
O ambiente de que estamos falando são pessoas, lugares, temperaturas, ruídos, sons, cheiros, estrutura, tecnologia, ou seja são contextos “vivos”, dinâmicos interagindo e disparando reações, interferindo no nosso estado geral. Além disso, o estado como estão essas pessoas e seus comportamentos, se frustradas, felizes, nervosas, tristes… isso tudo se comunica e forma esse “vilão” ou esse “anjo” chamado “ambiente”, ainda que não tenhamos consciência.
Para Marshall, “nosso ambiente é uma máquina incansável de apertar gatilhos”*: uma pessoa, uma pergunta, um comportamento do outro, o que acontece a nossa volta, pode ser o gatilho que dispara um comportamento nosso.
Você percebe isso?
Mas o mais importante, vem agora:
“Ficamos mais vulneráveis aos caprichos do ambiente quando ignoramos o impacto deles sobre nós”*
É comum, infelizmente, que pessoas não observem – quando estão vivendo no “piloto automático” e na correria do dia a dia.
São os gatilhos inconscientes que moldam comportamentos, mas não são vistos. E isso, curiosamente, no bem e no mal.
“Geralmente, as pessoas bem sucedidas são boas na antecipação dos ambientes em que seus melhores comportamentos entram em risco”*
Compreender antes de julgar!
Outra coisa relevante e que merece atenção: já reparou como é comum, quando se menciona as características negativas de alguém, não considerar o ambiente onde elas se manifestam. “Quando ela age dessa forma? Com quem?”*.
Às vezes escutamos “Ela sempre faz isso!”, “Meu chefe nunca me valoriza!”, “O gerente é inseguro”, afirmações essas sem contexto, sem referência ao momento e ao ambiente.
Quem já não ficou confuso diante de afirmações sobre pessoas conhecidas? Onde está a raiz da confusão? Cada um teve experiências e percepções com essas pessoas, que foram lidas segundo seus conceitos, valores, filtros, necessidades ou interesses.
Pergunte: Em que circunstâncias você percebeu a pessoa fazendo isso? Quando seu gerente se mostrou inseguro?… O que é “inseguro” para você? etc.
Ignorando as circunstâncias ou as condições, omitem-se informações e, ao fazer isso, criam-se generalizações e julgamentos sobre as pessoas. As redes sociais estão repletas de julgadores que não perguntam nada e concluem tudo.
Para conhecer, para gerir pessoas, para conviver, ou simplesmente construir relações verdadeiras, é imprescindível conhecer quais são os “gatilhos” delas.
Se o ambiente é um ente disparador de estímulos e interferências capazes de alterar nossos comportamentos para pior, ele também pode revelar nossa melhor parte? Sem dúvida!
Encontrar o ambiente que coincide com quem você é, com sua identidade e propósito, ou saber criá-lo, é um dos desafios da vida.
Que perguntas nos ajudam nessa jornada? Comecemos por essas:
Onde entregamos nosso melhor?
Qual o ambiente onde nossos pontos fortes brilham?
E quando aparecem nossas fraquezas?
Se você lidera uma equipe ou uma organização, se você é profissional que participa de uma equipe ou se você é o chefe de uma família, seja lá quem for, você tem o poder de:
• antecipar,
• evitar e
• adequar o ambiente.
Se somos líderes: quanto somos capazes, hoje, com nossas palavras, decisões e ações, de criar esse ambiente gerador de performance para colaboradores, gestores, trabalhos em equipe, sociedades, etc.?
O coaching oferece ambiente e estrutura para o “pensar”, possibilitando insights que não ocorreriam sem estímulos para tal. Conhecer seus motivadores, seus valores, forças, seu propósito, e identificar como o ambiente “trabalha”, evitando muitos desgastes e perdas. Proporciona apoio nas mudanças, naquelas que realmente importam para você! Porque podemos ser sempre melhores e porque estamos todos num jogo de longo prazo…!!
Saiba como podemos ajudá-lo nisso: www.criteriohumano.com.br/soluções
Denise Bee – Mentoring & Coaching: Master Coach executiva, de carreira e de negócios, mentora com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas e negócios. Psicóloga. Sócia-fundadora da Critério Humano – Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Coautora do livro Empreendedor Total.
*MARSHAL, Goldsmith. O efeito gatilho: como disparar as mudanças de comportamento que levam ao sucesso nos negócios e na vida. Barueri [SP]: Companhia Editora Nacional, 2017, p. 38, 52, 64-65, 255-256.