Minha experiência lendo autores absolutamente novos para mim, fez-me lembrar de algumas máximas que fazem a diferença nos resultados da vida das pessoas.

Comecei a ler um autor completamente diferente das minhas escolhas anteriores, mas minha mente não conseguia “entrar” no seu estilo. Tudo era novo e foi difícil processar e entender. Isso me levou a ver que estava tão habituada a um certo estilo e linguagem que o novo me causou desconforto…

O homem é um ser que se habitua. Pensemos nos nossos hábitos: onde almoçamos todos os dias, o que comemos, com quem trocamos experiências.

Quantas pessoas novas conhecemos nos últimos seis meses ou nos dispomos a conhecer mais profundamente? O que colocamos de novidade nas nossas vidas nos últimos dias, semanas…e meses?

Durante o dia, no trabalho, e quando chega em casa à noite. E nos fins de semana, quais novos estímulos você traz para seu lazer, que agregam e o fortalecem para a semana seguinte?

Lembro-me de um grande empresário com quem tive o privilégio de interagir há muitos anos. As palavras dele, em um de nossos encontros, ficaram para sempre na minha memória. Ele dizia: “Denise, de vez em quando, vá para um lugar novo, onde você nunca esteve. Ande pela cidade com curiosidade, olhe as pessoas, os lugares…” Esta é, com certeza, uma receita muito divertida para quem viaja sempre a trabalho e gosta do inusitado. Bem mais desafiadora para quem é afeiçoado à rotina e faz o mesmo caminho do trabalho para casa todos os dias. Aos domingos, o mesmo almoço com os mesmos parentes e a mesma conversa!

Fazer sempre as mesmas coisas, conviver com as mesmas pessoas, nos mesmos ambientes… é o seu estilo de vida? Já pensou como isso pode ser, ao mesmo tempo, confortável e tóxico para seu crescimento?

Nada muda, se você não muda nada!

É das pequenas mudanças que se fazem as maiores, inclusive aquelas que trazem transformações profundas, porque ampliam nosso raio de visão. “Olhe para o mundo como se fosse a primeira vez, como se você não tivesse nenhuma experiência anterior dele”, dizia o velho empresário. Para mim, isso é sinônimo de viver mais profundamente o agora absoluto, que é a única coisa certa que temos. É, também, uma forma de neutralizar velhas memórias ou hábitos que formam um ciclo mediocrizante em nossas vidas. “Faça coisas novas”, dizia ele. Quando você faz isso, pode observar vários efeitos interessantes. Para viver alguma coisa nova ficamos mais atentos, mais alertas, e isso é, inclusive, um ótimo antídoto para o estresse.

Deepak Chopra comenta em um dos seus livros que a maioria das pessoas teme o desconhecido quando, na verdade, deveria temer o conhecido. O conhecido é a prisão. Quando entramos no desconhecido, estamos livres do passado, ou de qualquer limitação, porque “novas escolhas estão disponíveis”. Ilude-se quem se acha seguro nos hábitos conhecidos. Em alguma proporção, todos nós caímos nessa ilusão.

Quando mudamos de lugar, quebramos os nossos estereótipos. Quando fazemos algo novo, dobramos nossos medos. Quando mexemos no nosso estilo de vida, criamos o ambiente da reinvenção pessoal.

Faça sua própria experiência:

Comece uma nova atividade. Mude alguns hábitos de convivência. Traga novidades para sua vida.

Então observe e se pergunte: Quais foram os efeitos em você?

Denise Bee: Counseling de Empresários e Executivos, Master Coach Executiva, de Carreira e de Negócios com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas e empresas. Founder da Critério Humano-Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Coautora do livro Empreendedor Total.