Você sabe o que é uma emoção venenosa? E um pensamento torturador?

Transformar histórias por intermédio dos processos de coaching e mentoring não é um apelo puramente comercial. É um propósito!

E onde a transformação começa?

O sabotador crítico — sobre o qual escrevo hoje —, é uma das causas mais comuns de stress, que age escondido da consciência. Conhecer esse sabotador é dos pontos importantes para que a mudança aconteça.

Muitos dos meus coachees, seja de Coaching de carreira ou Executivo, precisavam se defrontar com seus sabotadores e com os seus estragos. Somente assim, puderam neutralizar a ação desse inimigo oculto.

Queria poder contar vários exemplos ricos que podem ter semelhanças com a sua história, mas o texto ficaria muito longo.

O sabotador crítico prende o sujeito na crítica dirigida, ora para si mesmo ora para os outros ou para as circunstâncias¹.

Momentos de crise e dificuldades favorecem seu aparecimento: demandas grandes demais, projetos que não deram certo, erros próprios ou de outrem presentes ou passados, imprevistos, frustrações ou falhas.

Como o sabotador crítico trabalha?

• Escondido — age de forma dissimulada e apesar de ser comum e universal pode não ser percebido. Justamente por isso ele permanece o inimigo oculto, e o principal e o mais eficiente sabotador;
• Está incorporado  — podendo ser um padrão de pensamento nunca identificado, mas que o acompanha vida afora.
• É o que se chamaria de pensamento sem qualidade. Pensamentos recorrentes com foco no problema — repetitivos, nada criativos;
• Traz só as lembranças negativas;
• Dá um ângulo de visão, um só — aquele sem saída e sem paz.

Que estragos o sabotador causa?

• Deflagra sentimentos de culpa, arrependimento, ansiedade, raiva contra si ou contra a situação, remoendo o erro ou problema como se fosse a voz da razão, uma esperta camuflagem para continuar forte;
• É como se o cérebro “falasse sozinho” e sem descanso;
• Rumina/remói — o ruminar é refletir mil vezes, rever um fato, repensar o motivo, os porquês e depois… começar de novo.  A pessoa circula entre sentimentos, pensamentos e  interpretações  continuamente, como que tecendo uma teia, ficando, por isso, nela presa;
• Drena energia, enfraquece e baixa a autoestima. Com isso,  muitas pessoas são diagnosticadas depressivas nos tratamentos com médicos ou psicólogos, erroneamente;
• Tolhe a evolução e a produtividade  — é uma pedra no caminho. Não dá para cuidar de desenvolvimento, evolução de carreira, performance, liderança, etc., sem resolver isso.

O sabotador crítico, quando ativado, não permite ver ou colher as múltiplas belezas e prazeres que a vida tem.

Dificulta a relação consigo mesmo e, consequentemente, com as outras pessoas e o mundo.

Não facilita a tomada das melhores decisões.

Quem são os mais afetados?
O sabotador crítico afeta a todos, ainda que muitos não consigam perceber isso.

Como ele é ativado em momentos de crise — e a nossa realidade não tem sido tão fácil ou generosa —, o público mais afetado são profissionais com alta responsabilidade, especialistas, altos executivos, empresários, etc.

Ao contrário do que se poderia supor, são justamente as pessoas bem-sucedidas e com grandes conquistas as mais torturadas internamente por seus próprios críticos¹.

Mas e como sair dessa?
Para começar:
1. Identifique-o! Talvez a melhor palavra seja, desmascare-o!
2. Duvide das conclusões dos seus pensamentos repetitivos.
3. Suponha que sua interpretação pode estar, e quase sempre está, muito longe da realidade. Contamos a nós próprios uma história, repetimos mil vezes e depois chamamos isso de “verdade”. E sofremos sem necessidade!
4. Pare de “tecer” e “observe o silêncio entre seus pensamentos”!²
5. “Descole-se da sua mente”, fazendo coisas práticas; e olhe de novo, bem mais tarde.
6. Enxergue outros ângulos falando com alguém.
7. Esqueça! O problema ou erro está no passado? Você aprendeu com ele? Que bom. Então vire a página. Vá fazer alguma coisa útil.
8. Lide com o problema. Se o problema de fato merece sua preocupação, se é importante ou grande realmente, amplie a perspectiva e, portanto, sua consciência para solucioná-lo.

O crítico é sabotador porque não ajuda a resolver ou a lidar com a situação. Para reagir é preciso “desativar” o crítico, abrindo espaço para novas atitudes, fortalecendo-se. 

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Denise Bee – Mentoring & Coaching: Master Coach executiva, de carreira e de negócios, mentora com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas e negócios. Psicóloga. Sócia diretora e fundadora da Critério Humano – Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Coautora do livro Empreendedor Total.

1.CHAMINE, Shirzad. Inteligência positiva: por que só 20% das equipes e dos indivíduos alcançam seu verdadeiro potencial e como você pode alcançar o seu. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

2.CHOPRA, Deepak. A Fonte da felicidade duradoura. 3. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, 2010.