Os executivos precisam focar em resultados. Todas as empresas precisam e a falta de resultados pode ser o seu fim. Assim, estabelecer metas, acompanhar, definir programas de incentivo, são algumas formas de promover esse foco em todos os níveis das organizações.

Então, focar em resultados é tudo de bom, certo? Mais ou menos.

Imagine um executivo que tem essa competência muito desenvolvida (seria bom!). Como ele é?

É alguém que traça objetivos e tem muito interesse em crescer na carreira. É determinado, capaz de correr riscos e superar qualquer obstáculo para chegar onde deseja. Os perfis com alto foco em resultados costumam exigir bastante de si mesmos e, por consequência, dos demais. Eles, costumeiramente, não admitem fracassos, em especial os próprios.

Você se reporta a um executivo ou se identifica com esse perfil?

Como você o descreveria?

Ana Maria, o descreve como alguém que sempre se destacou não apenas por alguns feitos, mas também pela fama de gerar um clima tenso em torno dele. Um trabalho muito elogiável por outros diretores é pouco pra ele. É difícil manter o brilho nos olhos trabalhando para esse executivo, sempre tão sério e sempre insatisfeito. A gerência abaixo dele alimenta o desejo que ele seja expatriado…

Joice vem de uma empresa que já não oferecia desafios. Mudar foi para ela, no início de sua relação com o VP e a empresa, muito estimulante. Sua visão inicial era de que estava trabalhando com um líder arrojado, vencedor, onde haveria muitas oportunidades de ganho, de aprendizagem e de crescimento na sua carreira. Mas depois de alguns meses e de algumas atitudes desse executivo, o quadro muda radicalmente pra ela. Ele não escuta suas ideias para fazer resultados no nível que ele deseja, nem parece querer ver as necessárias mudanças. Por vezes é agressivo, e se revela mais voltado para si mesmo, querendo as coisas do seu próprio jeito. Toda aquela ambição e entusiasmo comunicados pelo VP e alinhados aos objetivos de carreira de Joice, entraram em colapso.

O foco em resultados, quando há desequilíbrio na energia empregada, afeta a gestão da equipe e por sua vez os resultados da empresa.

O nosso VP e o Diretor da primeira companhia, não chegaram onde estão por acaso. Eles têm muitas fortalezas. De outro lado tudo tem um porquê: que fatores foram determinantes para esta dificuldade de manter a equipe entusiasmada apesar de tanto conhecimento, muita competência e experiência? E como criar esse outro “hemisfério” de competências de grande importância para as organizações?

É justamente esse o grande desafio. E é a isso que nos dedicamos através do nosso programa de Executive Counseling: a alargar competências e encontrar a dose certa do remédio pra que ele não se torne um veneno…

A mensagem que não cansamos de repetir e que orienta o trabalho de Executive Counseling se aplica perfeitamente: O que o trouxe até aqui pode não levá-lo mais adiante.

Denise Bee- Counseling de empresários  e executivos.  Master Coach executiva, de carreira e de negócios, com mais de 25 anos de experiência em desenvolvimento de pessoas e empresas. Founder da Critério Humano – Desenvolvimento e Gestão de Pessoas. Coautora do livro Empreendedor Total.